Se tudo que vejo não é real
Se eu também não vivo
Sou apenas uma folha no vento
Um suspiro no fim de um ato teatral
Uma musica que embala o sonhos daquela criança
Ser apenas uma historia contada
Nas linhas tortas da vida sem esperança
Já sou agora apenas a lembrança
Daquela missiva de uma bela namorada
Não sou nada um grão de areia
Uma marca, uma pedra a margem da estrada
Já não sou mais nada, apenas uma pagina amassada
Uma brasa numa lareira a muito apagada
Com o tempo tornei-me uma impressão de um passado
Uma lembrança distante daquele herói apaixonado
Eu já fui tudo e todos a mão e o verbo
Agora não sou mais nada do que fui um dia
Sou apenas a esperança e a lembrança apagada.
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